Integração ERP–LIS

Em muitos laboratórios, vejo a esperança de uma operação fluida esbarrar em conflitos entre o ERP (sistema de gestão empresarial) e o LIS (sistema de informação laboratorial). Embora ambos falem “dados”, a troca costuma emperrar — e isso impacta diretamente produtividade, custos e atendimento ao paciente. A seguir, compartilho as dores mais frequentes e como elas surgem.
1. Problemas comuns na transferência de ordens de serviço e insumos
- Mapeamento Divergente de Dados: Cada sistema tem seu próprio padrão para “ordem de serviço”: códigos, campos de descrição e critérios de prioridade. Quando não há um mapeamento unificado, a ordem enviada pelo ERP chega truncada ou com informações incompatíveis no LIS.
- Formato de Insumos Incompatível: Um material registrado no ERP como “Tubo de Coleta Azul 5 mL” pode aparecer no LIS como “COB5AZ”, sem nenhuma correspondência automática. Essa diferença obriga operadores a fazer correções manuais ou — pior — a deixarem itens pendentes.
- Latência e Falhas de Comunicação: Transmissões em lote (batch) durante a madrugada podem falhar sem aviso imediato, gerando discrepâncias só descobertas horas depois, quando o fluxo de coleta ou faturamento já foi iniciado.
2. Consequências de divergências de estoque e faturamento
- Requisições Pendentes e Atrasos: Se o LIS não reconhece o insumo enviado, o pedido fica “em aberto” e o coletador aguarda aprovação manual, atrasando a coleta e o envio de resultados.
- Erros de Faturamento: Divergências entre o que o ERP registrou como consumido e o que o LIS de fato requisitou provocam contas erradas: materiais faturados incorretamente — tanto para mais quanto para menos. Isso impacta a receita do laboratório e a confiança dos parceiros.
- Sobre estoque ou Rupturas: Falta de alinhamento impede visibilidade real de estoque: o ERP pode registrar saldo adequado enquanto, na bancada, o coletador já não encontra tubos, reagentes ou outros insumos essenciais.
3. Riscos de crédito de materiais e atrasos em resultados
- Perda de Credibilidade: Parceiros de convênio e hospitais não toleram atrasos recorrentes. Uma falha na cobrança ou na entrega de insumos reflete diretamente na imagem do laboratório.
- Impacto Financeiro: Correções de faturamento demandam retrabalho contábil e, muitas vezes, descontos ou estornos para clientes insatisfeitos.
- Segurança do Paciente: Atrasos na coleta ou envio de laudos podem comprometer diagnósticos e tratamentos, gerando riscos clínicos e jurídicos.
4. Como o eTrack Mitiga Esses Gargalos
Embora aqui o foco seja entender as falhas, quero compartilhar rapidamente como o eTrack atua para reduzir esses pontos de atrito:
- Ponte de Dados Inteligente: O eTrack se comunica simultaneamente com o LIS, fazendo a “conversão” de códigos e formatos de insumos em tempo real.
- Validação na Origem: Ao escanear a ordem de serviço no ponto de coleta, o sistema alerta imediatamente sobre inconsistências, evitando entradas pendentes.
- Interface Amigável: Inspirado em apps de redes sociais, o eTrack apresenta campos claros e intuitivos — bastam dois toques para confirmar o recebimento do insumo ou reportar um erro, reduzindo curva de aprendizado.
Painel de Conformidade: Gestores acompanham, em dashboards simples, o status de cada ordem e material: materiais utilizados, descartados e até expirados, possibilitando ações rápidas antes que problemas se propaguem.
O que tudo isso traz como conclusão:
Os gargalos entre ERP e LIS não são apenas questões técnicas: nascem de formatos distintos, falhas de comunicação e processos em silos. Entender essas barreiras é o primeiro passo para uma operação mais confiável.
Ao identificar pontos de divergência — ordem de serviço, descrição de insumos e sincronização de estoques — podemos planejar correções e escolher ferramentas, como o eTrack, que auxiliam na conversa entre o sistema LIS, garantindo a integridade dos dados e elevando a eficácia de toda a cadeia de coleta e faturamento.
Leonardo Lippel Rodrigues
Sales and Technology Manager