Dashboards

Ao longo dos anos auxiliando gestores de laboratório, percebi um padrão preocupante: muitos dashboards geram apenas ruído, e poucas decisões efetivas. Foi justamente para resolver isso que idealizamos o eTrack. Nossos painéis foram desenhados para destacar o que realmente importa no fluxo pré-analítico, transformando dados em ações claras — e é sobre os erros que nos levaram a esse caminho que vou falar agora.

1. Painéis sem contexto de meta

Quando vi pela primeira vez um gráfico de produção diária de amostras sem linha de meta ou comparação com períodos anteriores, me perguntei:

“Como o gestor sabe se isso é bom ou ruim?”
Sem um referencial claro, qualquer número é apenas… um número. E números soltos não geram ação.

2. Sobrecarga de métricas genéricas

Já abri painéis com mais de cinquenta indicadores distintos: total de coletas, taxa de reprocesso, satisfação do paciente, uso de tubos, descartes… Tudo isso junto causa confusão. Se não houver foco nos KPIs que realmente impactam o fluxo pré-analítico, perdemos tempo tentando entender o que cada métrica significa, em vez de agir.

3. Visualizações que ocultam problemas

  • Pizza com muitas fatias: tente encontrar uma categoria relevante em um gráfico de 10 ou 12 fatias…Boa sorte!
  • Tabelas intermináveis: listas de dezenas de linhas e colunas que exigem filtro, ordenação e zoom a cada acesso. Vi gestores desistirem antes de chegar à segunda página.
  • Heatmaps sem diferenciação: tons de cor muito próximos tornam resultados fora do padrão praticamente invisíveis.

O verdadeiro desafio

Dados demais, sem foco, confundem em vez de iluminar. Um dashboard ineficaz cria falsa segurança — faz parecer que tudo está sob controle quando, na verdade, problemas críticos ficam escondidos.

Por que isso importa no pré-analítico

No pré-analítico, cada minuto conta. Atrasos na coleta ou falhas na identificação de amostras podem comprometer todo o fluxo de trabalho, gerar retrabalho e até impactar a qualidade do diagnóstico. Para gestores, isso significa pressão crescente, equipes desmotivadas e riscos internos que poderiam ser evitados.

Como o eTrack faz diferente

Pensando nisso, o eTrack foi concebido para que cada dado aponte direto a uma ação:

  • Metas sempre visíveis: cada KPI compara desempenho à metas diárias, semanais…ou no período que desejar, evidenciando desvios críticos.
  • Visões segmentadas: filtros separando unidades de coleta, profissionais e tipos de amostras, para intervenções pontuais.
  • Alertas visuais eficazes: cores e indicadores consistentes destacam exatamente onde concentrar esforços.
  • Navegação inteligente: do macro ao micro com um clique, sem tabelas intermináveis.

Convite à reflexão

Antes de adicionar mais gráficos, pergunte-se:

  1. “Este indicador me leva a uma ação clara?”
  2. “Posso identificar rapidamente onde o processo está falhando?”
  3. “Consigo comparar meu desempenho com uma meta ou benchmark?”

Se a resposta for “não”, é hora de repensar o design do seu dashboard — ou conhecer o eTrack. Porque no pré-analítico, muitos dados só geram decisões quando expostos de maneira simples, objetiva e contextualizada.

Leonardo Lippel Rodrigues
Sales and Technology Manager

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