A rotina do pré-analítico é um bicho escorregadio. A gente coleta, etiqueta, corre contra o relógio — e quando chega a hora de decidir, os dados estão espalhados, atrasados ou sem contexto. O resultado é sempre o mesmo: decisões por instinto em um fluxo que deveria ser dirigido por evidências.

Este texto abre a “cortina” do que estamos preparando no eTrack: um novo dashboard pensado para transformar rastreabilidade em gestão baseada em fatos. Antes de mostrar telas, vale encarar os problemas que queremos atacar.

Onde dói hoje

  • Pico da manhã sem previsibilidade. O gestor só descobre o caos quando a fila já formou.
  • Indicadores que não conversam. Produtividade de coletadores, taxa de descarte e satisfação do paciente ficam isolados.
  • Percentuais sem base real. Gráficos bonitos, mas sem números absolutos; difícil priorizar e justificar ações.
  • Descarte invisível. Itens, motivos e responsáveis não aparecem com clareza; o custo some dentro do “custo”.
  • Comparação entre unidades opaca. Sem períodos padronizados (dia/semana/mês) e sem metas explícitas.
  • Audiências de qualidade sem trilha. Auditor pede evidência; a equipe entrega prints. O histórico fica fragmentado.

Pensando nisso, o que o eTrack irá entregar?

Em vez de listar “funções”, aqui estão as perguntas de gestão que guiaram o desenho do novo dashboard:

  • Produktivität – Quem está coletando mais no período? O volume acompanha a média da unidade?
  • Tempo médio de coleta – Onde o tempo estoura e em quais turnos? Qual o impacto real no tempo total do paciente?
  • Descarte de materiais – Quais itens mais sangram orçamento? Por equipe e por coletador, o que explica a variação?
  • Satisfação do paciente – Qual a distribuição (excelente/bom/regular/ruim) por unidade e turno? O que muda quando o tempo de coleta sobe?
  • Correlação – Como produtividade, satisfação e descarte se movem juntos? Há trade-offs escondidos?
  • Tendência – A taxa de descarte de hoje é melhor ou pior que a das últimas semanas? Houve efeito após uma ação de treinamento?

Nota de transparência: todos os indicadores serão apresentados com porcentagens e números absolutos, para que “11,1%” não esconda se estamos falando de 2 ou de 200 ocorrências.

Os quatro pilares que moldaram o design

  • Eficiência operacional. Decisão em tempo real para atacar gargalos, com período selecionável (semanal, mensal, customizado).
  • Qualidade e experiência do paciente. Métricas de satisfação por unidade trazem a voz do paciente para a mesa de gestão.
  • Redução de desperdícios e custos. Controle de descarte por item e por time, com impacto direto em economia e melhoria de processo.
  • Gestão baseada em evidências. Dados estruturados para análises consistentes, auditorias e comparações entre unidades — sem planilhas paralelas.

Um vislumbre das telas

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As prévias acima mostram a organização dos cartões: Totais do dia, Tempo médio de coleta, Materiais descartados x itens, Satisfação dos pacientes, painéis de Produktivität, Satisfação por coletador e Descarte por coletador. Não é “mais um painel”; é um mapa de decisão que parte do evento rastreado no pré-analítico e sobe até o indicador que sustenta ação.

Encontre o eTrack no CBPC/ML

Vai estar no congresso? Passe no nosso stand para ver ao vivo como estamos atacando as dores que mais travam a pré‑analítica.

Teremos demonstrações rápidas ao longo do dia e conversas para mapear gargalos da sua unidade. Traga suas dúvidas (ou seus prints) e leve um roteiro objetivo de próximos passos para decidir melhor.

Leonardo Lippel Rodrigues
Innovations- und Technologiemanager