
Novas tecnologias
Em meus anos de frequente contato com equipes de coleta, percebi que a simples promessa de automação — mais rapidez e menos retrabalho — muitas vezes esbarra em barreiras humanas e culturais. Neste artigo, compartilho essas dores de campo e mostro como o eTrack foi pensado para superá-las.
1. Por que coletadores relutam em mudar suas rotinas?
- Medo do Desconhecido
Quando entregue um tablet ou scanner novo na bandeja, a primeira reação costuma ser “e se der algum problema?” A insegurança nasce da falta de familiaridade, e não da tecnologia em si. - Sensação de Fiscalização
Registrar cada ação num sistema dá a impressão de “estar sendo vigiado”. Em vez de gerar valor, parece punir quem já trabalha sobre pressão de tempo. - Traumas de Projetos Passados
Quem já sofreu com software travando em momentos críticos (e sem suporte rápido!) desenvolve resistência automática: “já vi isso antes e sei como acaba.”
Como o eTrack ajuda aqui?
A interface do eTrack foi desenhada para se assemelhar à experiência de apps populares de redes sociais: menus claros, ícones familiares e fluxos de navegação intuitivos. Em vez de manuais extensos, basta um rápido “swipe” ou toque para avançar, reduzindo o medo inicial.
2. Efeitos da falta de treinamento e comunicação interna
- Uso Parcial do Sistema
Sem um onboarding estruturado, muitos coletadores acabam voltando a planilhas ou anotações à mão — exatamente o que queremos eliminar. - Retrabalhos e Discrepâncias
Um registro no eTrack pode não refletir o que ficou anotado no livro de protocolo, criando confusão e atrasos na identificação de amostras. - Desmotivação Geral
Quando a equipe não entende “o porquê” por trás da adoção, é natural surgir frustração — e até a ideia de que “isso não vai durar”.
Como o eTrack ajuda aqui?
Realizamos treinamentos in loco com cada um dos coletadores, para que, saibam exatamente o que fazer. E o gestor acompanha métricas de uso em tempo real, identificando rapidamente quem precisa de apoio extra.
3. Como a cultura organizacional pode sabotar projetos de automação
- Liderança Desconectada
Projetos que nascem apenas na sala da TI são encarados como “coisa de técnico”. É preciso envolver gerentes e supervisores desde o início. - Comunicação Fragmentada
Informativos por e-mail raramente chegam ao bolso de quem opera o tubo. Sem comunicação direta (push notifications, por exemplo), a mensagem se perde. - Decisões Centralizadas
Ignorar o feedback de quem coleta é garantia de uma solução desconectada da realidade. - Métricas Antiquadas
Ainda vejo laboratórios avaliando desempenho por número de tubos coletados manualmente — sem levar em conta a qualidade do registro e a segurança do paciente.
Como o eTrack ajuda aqui?
O eTrack foi projetado para ser um agente de mudança cultural. E as métricas disponíveis ao gestor valorizam não só a quantidade, mas a precisão e a conformidade, alinhando os indicadores ao que realmente importa na rotina.
Ou seja…
Falar de resistência à novas tecnologias sem abordar medo, comunicação e cultura é incompleto. Como Gerente Comercial e Tecnologia na Greiner Bio-One Service Tech, testemunhei que soluções como o eTrack só transformam o dia a dia de um laboratório quando se unem a um design centrado no usuário e a um programa de treinamento e comunicação eficientes.
Ao simplificar a interface, inspirando-se em apps que usamos diariamente, e ao valorizar o aprendizado contínuo, o eTrack garante benefícios reais tanto para o flebotomista quanto para o gestor — e, acima de tudo, reforça a segurança e a confiança no processo de coleta.
Leonardo Lippel Rodrigues
Vertriebs- und Technologiemanager